VIII Congresso da Associação Mundial de Psicanálise AMP
A ORDEM SIMBÓLICA NO SÉCULO XXI
NÂO É MAIS O QUE ERA. QUE CONSEQUÊNCIAS PARA A CURA?
Associação Mundial de Psicanálise

23 a 27 de abril de 2012
Hotel Hilton

Macacha Güemes 351, Puerto Madero
Cidade de Buenos Aires, Argentina
INÍCIO COMISSÃO ORGANIZADORA CONTATO
ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Quarta resenha das atividades preparatórias da EBP para o VIII Congresso da AMP
A ordem simbólica do século XXI não é mais o que era: que consequências para a cura?

E o com a aproximação do Congresso, o Brasil continua a toda! As Seções e Delegações continuam com suas atividades preparatórias. Segue a resenha das atividades que aconteceram nestes últimos meses.

A Seção Rio realizou o III Encontro Preparatório para Congresso da AMP 2012. Lá, foi o verbete "Luto", escrito por Romildo do Rêgo Barros, foi debatido por Sandra Viola e Ana Lucia Lutterbach Holck. Dentre os pontos salientados sobre o verbete, vale ressaltar a importante distinção acerca do trabalho de luto em Freud e Lacan. Romildo assinala que Freud vê no horizonte do luto o deslocamento do valor fálico do objeto perdido para um sucedâneo. Já Lacan, diz ele, nesse mesmo horizonte, aponta para o surgimento do desejo do analista, o que implica na existência de um luto próprio ao ato analítico. Nessa perspectiva, "ao se esgotar o trabalho de luto, o objeto freudiano é herdeiro do objeto perdido, enquanto que o objeto lacaniano é o que restou do apagamento do brilho fálico, um novo objeto e não uma metáfora daquele que se foi". Trata-se pois, de um objeto de investimento para Freud, enquanto para Lacan será causa de desejo. Situa-se, assim, uma mudança de registro e não uma simples sucessão. A partir desse ponto ele nos propõe pensar "em quê o luto do ato analítico poderia ser entendido como paradigma de um novo amor, correlato à mudança de estatuto do amor? Mudança esta, que teria uma nova relação com o gozo, como afirmou recentemente Eric Laurent."

Na Seção São Paulo aconteceu a atividade "Papers em Pauta". Angelina Harari debateu os comentários de Rômulo Ferreira da Silva, de Luiz Fernando Carrijo da Cunha e da diretora da EBP Cristina Drummond que desenvolveram respectivamente a distinção entre savoir faire e savoir y faire na prática analítica, entre ordem e desordem em contraponto com déficit do simbólico e a diferença na direção do tratamento de autistas entre as terapias promovidas pelo discurso científico e a experiência analítica, a partir de diversos textos publicados nos Papers. Cada um, ao seu modo, deixou evidente a importância da clínica para balizar a interrogação sobre a ordem simbólica na contemporaneidade e as consequências na subjetividade para uma nova formulação da psicanálise. Frente à nova ordem na cultura, onde falta um universal que a sustente é que se coloca a chance da psicanálise fundada na práxis do caso a caso.

A Delegação da Paraíba segue bastante sintonizada com o tema do Congresso e realizou algumas atividades preparatórias. Tanto em João Pessoa como em Campina Grande, aconteceram vários encontros. Em setembro de 2011 Antonio Eunizé comentou os textos de Cassandra Rios e Ram Mandil, veiculados no Boletim Um por Um. Em Campina Grande a discussão dos textos ficou à cargo da colega Mª Cristina Maia. Nos encontros, destacou-se que a solução possível para furar a pregnância do imaginário, o que se daria pelo bom uso dos semblantes, exige do analista uma aposta no simbólico, desde que orientada pelo real.

Já em outubro, a Delegação da Paraíba realizou mais duas Noites Preparatórias ao Congresso da AMP, em Campina Grande e João Pessoa. Os textos trabalhados foram "Old fashion way" de Ronaldo Fabião e Os limites do simbólico na saúde mental, ou A saúde mental sem a loucura de cada um, de Margarida Assad, publicados no Boletim Um por Um. Em João Pessoa, Sandra Conrado apresentou e comentou os textos, apontando que tanto um texto como o outro indagam sobre a incidência do discurso da Ciência sobre o sujeito. Em Campina Grande, Pauleska Nóbrega foi a comentadora destes textos. A colega Raquel Ferrreira destaca em "Os limites do simbólico na saúde mental, ou a saúde mental sem a loucura de cada um", texto de Margarida Assad, que esta aponta, através da sua prática, como o simbólico vem perdendo sua valia também no campo da saúde mental, que o sintoma mental tem se apresentado para os profissionais da área como algo que responde pela via do comportamento e não da subjetividade.

Em novembro, a atividade da Delegação Paraíba foi a discussão sobre o verbete "Vida", escrito por Bernardino Horne. No encontrou ficou marcado que se entendemos que o gozo é produto do significante, talvez não seja possível pensar em uma anterioridade do gozo, mas sim que ele vem primeiro em relação ao sentido.

A Delegação Paraná realizou em dezembro de 2011 uma Conversação preparatória para o VIII Congresso. Os dez verbetes do Scilicet do VIII Congresso escritos por psicanalistas brasileiros foram discutidos no âmbito desta Conversação. Cada um deles foi animado por um membro da EBP no Paraná ou por um correspondente da Delegação Paraná. Cesar Skaf coordenou a atividade. Marcia Stival Onyszkiewicz apresentou o texto Afetos, escrito por Sandra Arruda Grostein; Gilberto Rudeck da Fonseca, comentou o texto Delírio de Rômulo Ferreira da Silva; Nancy Greca Carneiro foi a responsável por apresentar o escrito por Jorge Forbes, Espetáculo; Zelma Galesi, comentou o verbete Incurável de Celso Rennó Lima; Maria Otília Holz foi a responsável pela apresentação do texto Luto de Romildo do Rego Barros; Nohemí Ibáñez Brown comentou o texto Possibilidade de Ram Mandil; Inez Carneiro Brito apresenta Pragmatismo de Sérgio Laia; Renata de Paula Soares comentou o verbete "Sentido" de Antônio Beneti; Cesar Skaf apresentou Verdade/Mentira de Angelina Harari e Teresa Pavone trabalhou o verbete Vida de Bernardino Horne.

E antes de nos encontrarmos em Buenos Aires ainda acontece:
Primeiro Seminário da Biblioteca na EBP- Minas
Conversação sobre os verbetes "Incurável" e "Possibilidade", elaborados por nossos colegas da EBP-MG Celso Rennó Lima e Ram Mandil, para o último volume de Scilicet.
Apresentação: Celso Rennó Lima e Ram Mandil
Coordenação: Frederico Feu de Carvalho
29 de março - 20h30min